Um grupo de agrotóxicos altamente utilizado em todo o mundo desde a década de 1990 é nocivo para as abelhas e também para as mamangabas, segundo dois estudos publicados nesta quinta-feira (29) na revista “Science”.
A população destes insetos têm sofrido uma diminuição considerável nos últimos anos, especialmente na Europa e nos Estados Unidos. O fenômeno, conhecido como Disordem de Colapso da Colônia, pode ter sido acentuado pelo uso de agrotóxicos neonicotinoid, segundo os novos estudos.
Entre os impactos dos agrotóxicos nas abelhas estão a redução do número de rainhas e perda de peso da colmeia. Além disso, os insetos têm de duas a três vezes mais chance de morrer ao sair do ninho para buscar alimentos.
Mortalidade – Em uma das pesquisas, realizada pelo Instituto Nacional de Investigações Agronômicas (INRA) da França, os cientistas colocaram chips eletrônicos nas abelhas para monitorar seu paradeiro.
Os insetos expostos ao pesticida tiametoxam tiveram dificuldades para chegar a suas colmeias, porque o produto interferia no seu sistema de localização cerebral. O número de insetos mortos pelo caminho foi entre duas e três vezes maior do que entre populações não expostas ao pesticida.
Baseados na taxa de mortalidade observado, os cientistas criaram um modelo matemático que previu que as populações de abelhas “contaminadas” se reduziram em um nível tão elevado que já não permite mais sua recuperação.
Rainhas – O segundo estudo, realizado na Universidade de Stirling, no Reino Unido, colônias de abelhas jovens foram expostas a baixos níveis de agrotóxico chamado imidacloprid durante seis semanas.
Depois, os cientistas pesaram as colmeias e verificaram que elas se alimentaram menos em comparação com abelhas não expostas ao pesticida. Em média, o tamanho das colônias foram entre 8 e 12% menores.
Além disso, o número de rainhas foi 85% menor. (Fonte: G1)
Além disso, o número de rainhas foi 85% menor. (Fonte: G1)
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