A Articulação no Semi-Árido Brasileiro (ASA) é um fórum que congrega mais de
3.000 organizações da sociedade civil que trabalham para o desenvolvimento
social, econômico, político e cultural da região semiárida. Parte destas
ações se materializa na execução dos Programa de Formação e Mobilização para
a Convivência com o Semi-Árido: Um Milhão de Cisternas Rurais (P1MC) e Uma
Terra e Duas Águas (P1+2).
Com o propósito de fortalecer estas ações, a Associação Programa Um Milhão
de Cisternas para o Semi-Árido (AP1MC) irá contratar quatro profissional
para compor sua equipe técnica de trabalho, sendo, dois para o Programa Um
Milhão de Cisternas (P1MC), e dois para o Programa Uma Terra e Duas Águas
(P1+2).
I – DA FUNÇÃO:
ASSESSORIA TÉCNICA
1. Realização de assessoria técnica, monitoramento das ações e resultados
dos processos desencadeados nas territórios/microrregiões, nos nove estados
do Semiárido.
a) Requisitos Técnicos
§ Formação superior completo em Ciências Agrárias, Humanas ou afins;
§ Experiência mínima de dois anos em trabalhos com organizações sociais de
base em comunidades rurais, articulação de entidades e eventos,
monitoramento de projetos;
* Conhecimento do trabalho da Articulação no Semi-Árido Brasileiro
(ASA) e das temáticas relacionadas ao Semiárido: Agricultura Familiar
Camponesa, Convivência com o Semiárido, Agroecologia, Sustentabilidade,
Desenvolvimento Local, Organização Associativa, Segurança e Soberania
Alimentar e Nutricional, Participação Cidadã, Reforma Agrária, Água;
* Sensibilidade para trabalhar com organizações da sociedade civil.
Experiência com acompanhamento de projetos em organizações, processos de
formação, capacitação e Extensão Rural em trabalhos comunitários,
enfatizando-se processos de intercâmbio com grupos de agricultores(as)
familiares. Capacidade de elaboração de textos, fazer registro, sistematizar
informações e discussões;
* Saber se comunicar bem e trabalhar em facilitação de oficinas,
realizando mediação de conflitos e desenvolvendo metodologias
participativas. Capacidade de trabalhar em equipe, ter iniciativa, dinamismo
e criatividade, ser organizado;
* Disponibilidade para viajar para os Estados onde os programas sejam
executados (AL, BA, CE, MG, PB, PE, PI, RN e SE) e participar de atividades
desenvolvidas pela ASA, podendo, de acordo com a necessidade, trabalhar em
finais de semana;
§ Domínio e experiência com informática (Word, Excel e ferramentas da
Internet).
b) Atribuições
§ Visitar, de forma planejada, as Equipes Técnicas das Unidades Gestoras
(UGMs ouUGTs) que atuam nos municípios do interior do Semiárido para efetuar
com as equipes locais um monitoramento de suas atividades, ajudando-as nos
processo de planejamento mais efetivo, contribuindo na avaliação dos
processos de mobilização, capacitação, intercâmbios, controle social e
construção de infra-estruturas hídricas para produção de alimentos; neste
processo, estar disposto(a) a aprender e construir novos conhecimentos com
as UGs;
§ Analisar, técnica e pedagogicamente, materiais, conteúdos e metodologias
utilizadas nos processos de mobilização e formação. Verificar a qualidade
técnica das cisternas calçadão, barragens subterrâneas, tanques de pedra e
bombas d’água popular, fazendo o devido debate e encaminhamentos e
redirecionamentos com as equipes;
§ Registrar e elaborar relatórios que sistematizem dados coletados em
campo, em eventos e em relatórios gerados pelo Sistema de Informação na sede
da Unidade Gestora Central.
c) Condições de Trabalho e Remuneração
§ Jornada de trabalho de 40 horas semanais;
§ Contrato de experiência de até noventa dias;
§ Salário a combinar.
Veja o edital em: http://daterraecos.net.br/2012/04/3-editais-selecao-de-projetos-para-fomentar-o-uso-sustentavel-da-caatinga/
Os currículos e cartas de intenções deverão ser encaminhados como anexos
para Marcelo José (asa@asabrasil.org.br).
III – CALENDÁRIO
1 - Recebimento de Currículos
Até 8 de maio/2012
2 – Divulgação, no portal da ASA, dos Currículos Selecionados –
www.asabrasil.org.br <http://www.asabrasil.org.br/>
Dia 11 de maio/2012
3 – Entrevistas
Dia 21 de maio/2012
4 – Divulgação, no portal da ASA, do Resultado Final
Até 22 de maio de 2012
5 – Possível data do início do trabalho
Dia 24 de maio/2012
Recife, 24 de abril de 2012.
Comissão de Seleção
Semente Planaltina
Este blog é destinado aos educandos do Curso Superior de Tecnologia em Agroecologia do IFB,
para a divulgação dos conteúdos das aulas; trabalhos, textos e ações desenvolvidas nas
atividades de ensino, pesquisa e extensão. Também serão publicados textos relacionados
à sustentabilidade planetária.
segunda-feira, 30 de abril de 2012
"“II Pesquisa Nacional Sobre Educação na Reforma Agrária”
Prezados
______________________________ ___________
Segue link com a chamada do IPEA para contratação de bolsistas (mestres e graduados) para trabalhar no projeto intitulado "“II Pesquisa Nacional Sobre Educação na Reforma Agrária”.
Os candidatos devem ter experiência em Educação no Campo.
Ao todo são 44 bolsas: Brasília,Presidente Prudente/SP e locais onde há superintendência regional do INCRA
Att
______________________________
Prof Dra. Luciana M. Massukado
Instituto Federal de Brasília - Campus Planaltina
Instituto Federal de Brasília - Campus Planaltina
Coordenadora de Pesquisa
Curso Superior de Tecnologia em Agroecologia
Curso Superior de Tecnologia em Agroecologia
(61) 21032184 (61) 93085882
e-mail: luciana.massukado@ifb. edu.br
Seminário de Avaliação do Curso de Agroecologia
Caros docentes, estudantes e servidores
Reafirmo o convite para a participação no seminário de avaliação do curso de agroecologia. Esta avaliação é muito importante para o reconhecimento e aperfeiçoamento do curso.
O seminário ocorrerá no dia 05 de maio, sábado, as 8:00 no auditório principal.
è de extrema importancia a participação de TOD@S!
Grata
Reafirmo o convite para a participação no seminário de avaliação do curso de agroecologia. Esta avaliação é muito importante para o reconhecimento e aperfeiçoamento do curso.
O seminário ocorrerá no dia 05 de maio, sábado, as 8:00 no auditório principal.
è de extrema importancia a participação de TOD@S!
Grata
Agroecologia: Sem prática, teoria não vale nada , diz conselheira
Renomada pesquisadora da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Emma Siliprandi, representante da Associação Brasileira de Agroecologia (ABA) e do Brasil na Sociedade Científica Lationoamericana de Agroecologia (Socla), adverte que a academia e a classe letrada precisma dialogar mais com os camponeses e camponesas.
Em entrevista à Articulação Nacional de Agroecologia (ANA), Emma - que também é conselheira do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) - faz uma análise da agroecologia na América Latina e critica o patriarcalismo no meio rural brasileiro.
Do ponto de vista acadêmico, como é travado esse debate da agroecologia?
A agroecologia é um campo da ciência relativamente novo, que começou a se firmar no final da década de 80 com uma proposta de diálogo de saberes entre o conhecimento científico puro, criado nas universidades e academias, e o conhecimento popular com os homens e mulheres que fazem agricultura sustentável na prática. No caso destes, são conhecimentos tradicionais, eles conhecem o agroecossistema: o meio onde vivem, quais plantas, animais, condições de solo, etc. A academia geralmente conhece as condições em laboratório, de livros e estudos, e as pessoas que vivem disso conhecem a prática. Mas esse diálogo é muito difícil porque, por exemplo, dentro da academia tem um mito de que a ciência só pode ser feita em condições controladas. Tudo o que é considerado tradicional é chamado de superstição, conhecimento intuitivo, etc. Não é valorizado. Então, a nossa grande prioridade na academia hoje é convencer os próprios colegas, fazer o embate político dentro da universidade, e dizer q ue sem prática a teoria não vale nada. E que você precisa dialogar. É certo que a universidade tem muitos conhecimentos a oferecer também para os movimentos sociais, mas não se excluem, têm que ser feitos juntos. Essa é uma grande briga, porque hoje a agroecologia é muito minoritária nas faculdades, nas pós-graduações etc. Ela ainda é marginalizada, ainda é vista com um olhar como se fosse uma charlatanice. Nas escolas de agronomia, por exemplo, que é onde mais se localiza os cursos de agroecologia, é vista como se fosse uma coisa mais de militância social que propriamente de construção de um conhecimento novo, necessário e útil para se pensar a sustentabilidade.
Você pode fazer um panorama geral, dentro do possível, em relação à América Latina?
Dá para dizer que na América Latina existem 3 grandes áreas. No Brasil a agroecologia se desenvolveu por um caminho e história própria. Tem a história dos Andes, dos povos indígenas, que não é exatamente a nossa história, é outro ecossistema de convivência com a montanha e um clima totalmente adverso, culturas totalmente diferentes. E tem a parte da Centro América e do México, que também é outro agrossistema, outras culturas e histórias. Esses três grandes grupos têm os seus caminhos próprios. Tanto no México como na região andina, a questão indígena é superimportante porque os indígenas e camponeses e camponesas são quase um sinônimo. Porque quem faz agricultura nessas regiões são os indígenas. Tem também a agricultura comercial, as grandes plantações, o agronegócio. Na região do Equador, por exemplo, as grandes bananeiras e o cultivo de café, de cacau, tudo isso é feito por grandes empresas que usam a monocultura, trabalho assalariado, muito agrotóxico, etc. Mas a agricultu ra camponesa se confunde com a indígena, então é uma situação que a gente no Brasil não convive muito. Porque os nossos indígenas ainda são muito aldeados, muito separados do restante dos camponeses. Existe todo um movimento de articulação e integração, mas a problemática indígena no Brasil é muito diferente. É muito mais de direito a território, de demarcação das terras, para garantir o desenvolvimento de suas culturas. Mas nós já temos uma agricultura camponesa muito diversificada, dificuldades diferentes, um processo histórico diferente. A gente pode dizer que, contraditoriamente, no Brasil foi um dos países onde o movimento agroecológico mais tem se desenvolvido.
Em termos de políticas públicas?
Em termos de política pública, de organização dos movimentos sociais. Nós temos um movimento social bem forte no campo da agroecologia, que vem desde a década de 70 com os movimentos de agricultura alternativa, do qual a Fase foi uma das principais fundadoras. Depois isso foi encampado pelos movimentos sociais, como, por exemplo, o movimento sindical, a CUT, a Contag, Fetraf, o MST, as mulheres camponesas, as quebradeiras de coco babaçu. Então nós tivemos uma série de movimentos separados, que se juntaram em torno dessa bandeira da agroecologia no Brasil. Teve a fundação da Articulação Nacional de Agroecologia (ANA) em 2002, e os encontros que ela promoveu são marcos muito importantes de construção do movimento no Brasil. Então, eu acho que aqui a gente chegou a ter uma espécie de programa político comum da agroecologia, capitaneado pela ANA, mas também pela Associação Brasileira de Agroecologia (ABA), que reúne esses técnicos e pesquisadores. Então a gente tem um movimento s ocial com uma plataforma política de defesa da sustentabilidade, de um outro modelo de produção, de consumo também, que seja uma agricultura baseada em: unidades familiares e na equidade social e de gênero, no respeito aos demais povos indígenas, quilombolas, ribeirinhos, extrativistas. Eu acho que nesse sentido a gente tem um programa político mais amadurecido que nos outros países, onde ainda é uma luta muito grande de resistência da agricultura indígena camponesa.
Você também luta pela equidade de gênero. Eu gostaria que você falasse sobre as problemáticas das mulheres nesse contexto da agroecologia.
A problemática das mulheres na agroecologia não é muito diferente da problemática na agricultura familiar como um todo. As mulheres têm muito pouca visibilidade, não são vistas como agricultoras, como produtoras rurais e, no entanto, elas participam de todas as atividades dentro da propriedade: o plantio da roça, o cuidado dos animais, a alimentação da família, os produtos que se faz para vender. Enfim, elas estão em tudo mas não são reconhecidas como produtoras.
Na agrocologia nós temos uma vantagem e uma desvantagem. A vantagem é que as próprias práticas agroecológicas tendem a valorizar o que as mulheres fazem, diferente, por exemplo, de uma agricultura tradicional de agronegócio onde as mulheres ficam marginalizadas e pronto. Ninguém ouve falar de uma produtora de soja, por exemplo. Como dentro da agroecologia tudo o que se faz numa propriedade tem importância, o que as mulheres fazem também tem importância. A desvantagem é que nos nossos movimentos todos vêm de uma origem muito machista, movimentos camponeses que têm uma perspectiva de ignorar ou menosprezar a contribuição das mulheres, inclusive como sujeito pleno de direito. As mulheres podem ser consideradas, por exemplo, a dar opinião sobre a horta, os pães, biscoitos que elas fazem, mas não podem dar opinião sobre a questão econômica, a condução da propriedade, o gerenciamento, o investimento. E, no entanto, elas têm esse direito porque são também agricultoras, participam do conjunto das atividades e são cidadãs. Então é uma vantagem fato de que a agroecologia abre mais espaço para mulheres, mas também nos deparamos com os mesmos problemas da agricultura em geral.
E na sociedade como um todo, de um patriarcalismo, dessa idéia de que só que tem ideias e direito sobre elas e sobre a condução do mundo são os homens. Então, quando as mulheres estão se colocando nessa posição de um sujeito político, elas sofrem sanções e zombarias Se elas fazem alguma coisa errada, é mais errado que se fosse um homem fazendo aquilo. Elas estão sempre sendo lembradas que a política não é o lugar delas, que deviam voltar para casa e ficar cuidando da cozinha e das crianças. Então, isso é um dilema da gente.
Fonte: Articulação Nacional de Agroecologia
Em entrevista à Articulação Nacional de Agroecologia (ANA), Emma - que também é conselheira do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) - faz uma análise da agroecologia na América Latina e critica o patriarcalismo no meio rural brasileiro.
Do ponto de vista acadêmico, como é travado esse debate da agroecologia?
A agroecologia é um campo da ciência relativamente novo, que começou a se firmar no final da década de 80 com uma proposta de diálogo de saberes entre o conhecimento científico puro, criado nas universidades e academias, e o conhecimento popular com os homens e mulheres que fazem agricultura sustentável na prática. No caso destes, são conhecimentos tradicionais, eles conhecem o agroecossistema: o meio onde vivem, quais plantas, animais, condições de solo, etc. A academia geralmente conhece as condições em laboratório, de livros e estudos, e as pessoas que vivem disso conhecem a prática. Mas esse diálogo é muito difícil porque, por exemplo, dentro da academia tem um mito de que a ciência só pode ser feita em condições controladas. Tudo o que é considerado tradicional é chamado de superstição, conhecimento intuitivo, etc. Não é valorizado. Então, a nossa grande prioridade na academia hoje é convencer os próprios colegas, fazer o embate político dentro da universidade, e dizer q ue sem prática a teoria não vale nada. E que você precisa dialogar. É certo que a universidade tem muitos conhecimentos a oferecer também para os movimentos sociais, mas não se excluem, têm que ser feitos juntos. Essa é uma grande briga, porque hoje a agroecologia é muito minoritária nas faculdades, nas pós-graduações etc. Ela ainda é marginalizada, ainda é vista com um olhar como se fosse uma charlatanice. Nas escolas de agronomia, por exemplo, que é onde mais se localiza os cursos de agroecologia, é vista como se fosse uma coisa mais de militância social que propriamente de construção de um conhecimento novo, necessário e útil para se pensar a sustentabilidade.
Você pode fazer um panorama geral, dentro do possível, em relação à América Latina?
Dá para dizer que na América Latina existem 3 grandes áreas. No Brasil a agroecologia se desenvolveu por um caminho e história própria. Tem a história dos Andes, dos povos indígenas, que não é exatamente a nossa história, é outro ecossistema de convivência com a montanha e um clima totalmente adverso, culturas totalmente diferentes. E tem a parte da Centro América e do México, que também é outro agrossistema, outras culturas e histórias. Esses três grandes grupos têm os seus caminhos próprios. Tanto no México como na região andina, a questão indígena é superimportante porque os indígenas e camponeses e camponesas são quase um sinônimo. Porque quem faz agricultura nessas regiões são os indígenas. Tem também a agricultura comercial, as grandes plantações, o agronegócio. Na região do Equador, por exemplo, as grandes bananeiras e o cultivo de café, de cacau, tudo isso é feito por grandes empresas que usam a monocultura, trabalho assalariado, muito agrotóxico, etc. Mas a agricultu ra camponesa se confunde com a indígena, então é uma situação que a gente no Brasil não convive muito. Porque os nossos indígenas ainda são muito aldeados, muito separados do restante dos camponeses. Existe todo um movimento de articulação e integração, mas a problemática indígena no Brasil é muito diferente. É muito mais de direito a território, de demarcação das terras, para garantir o desenvolvimento de suas culturas. Mas nós já temos uma agricultura camponesa muito diversificada, dificuldades diferentes, um processo histórico diferente. A gente pode dizer que, contraditoriamente, no Brasil foi um dos países onde o movimento agroecológico mais tem se desenvolvido.
Em termos de políticas públicas?
Em termos de política pública, de organização dos movimentos sociais. Nós temos um movimento social bem forte no campo da agroecologia, que vem desde a década de 70 com os movimentos de agricultura alternativa, do qual a Fase foi uma das principais fundadoras. Depois isso foi encampado pelos movimentos sociais, como, por exemplo, o movimento sindical, a CUT, a Contag, Fetraf, o MST, as mulheres camponesas, as quebradeiras de coco babaçu. Então nós tivemos uma série de movimentos separados, que se juntaram em torno dessa bandeira da agroecologia no Brasil. Teve a fundação da Articulação Nacional de Agroecologia (ANA) em 2002, e os encontros que ela promoveu são marcos muito importantes de construção do movimento no Brasil. Então, eu acho que aqui a gente chegou a ter uma espécie de programa político comum da agroecologia, capitaneado pela ANA, mas também pela Associação Brasileira de Agroecologia (ABA), que reúne esses técnicos e pesquisadores. Então a gente tem um movimento s ocial com uma plataforma política de defesa da sustentabilidade, de um outro modelo de produção, de consumo também, que seja uma agricultura baseada em: unidades familiares e na equidade social e de gênero, no respeito aos demais povos indígenas, quilombolas, ribeirinhos, extrativistas. Eu acho que nesse sentido a gente tem um programa político mais amadurecido que nos outros países, onde ainda é uma luta muito grande de resistência da agricultura indígena camponesa.
Você também luta pela equidade de gênero. Eu gostaria que você falasse sobre as problemáticas das mulheres nesse contexto da agroecologia.
A problemática das mulheres na agroecologia não é muito diferente da problemática na agricultura familiar como um todo. As mulheres têm muito pouca visibilidade, não são vistas como agricultoras, como produtoras rurais e, no entanto, elas participam de todas as atividades dentro da propriedade: o plantio da roça, o cuidado dos animais, a alimentação da família, os produtos que se faz para vender. Enfim, elas estão em tudo mas não são reconhecidas como produtoras.
Na agrocologia nós temos uma vantagem e uma desvantagem. A vantagem é que as próprias práticas agroecológicas tendem a valorizar o que as mulheres fazem, diferente, por exemplo, de uma agricultura tradicional de agronegócio onde as mulheres ficam marginalizadas e pronto. Ninguém ouve falar de uma produtora de soja, por exemplo. Como dentro da agroecologia tudo o que se faz numa propriedade tem importância, o que as mulheres fazem também tem importância. A desvantagem é que nos nossos movimentos todos vêm de uma origem muito machista, movimentos camponeses que têm uma perspectiva de ignorar ou menosprezar a contribuição das mulheres, inclusive como sujeito pleno de direito. As mulheres podem ser consideradas, por exemplo, a dar opinião sobre a horta, os pães, biscoitos que elas fazem, mas não podem dar opinião sobre a questão econômica, a condução da propriedade, o gerenciamento, o investimento. E, no entanto, elas têm esse direito porque são também agricultoras, participam do conjunto das atividades e são cidadãs. Então é uma vantagem fato de que a agroecologia abre mais espaço para mulheres, mas também nos deparamos com os mesmos problemas da agricultura em geral.
E na sociedade como um todo, de um patriarcalismo, dessa idéia de que só que tem ideias e direito sobre elas e sobre a condução do mundo são os homens. Então, quando as mulheres estão se colocando nessa posição de um sujeito político, elas sofrem sanções e zombarias Se elas fazem alguma coisa errada, é mais errado que se fosse um homem fazendo aquilo. Elas estão sempre sendo lembradas que a política não é o lugar delas, que deviam voltar para casa e ficar cuidando da cozinha e das crianças. Então, isso é um dilema da gente.
Fonte: Articulação Nacional de Agroecologia
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sexta-feira, 27 de abril de 2012
Na Rota dos Orixás
Para conhecer melhor o Benim, país irmão, e sua influência na formação do Povo Brasileiro...
Na Rota dos Orixás apresenta a grande influência africana na religiosidade brasileira. Na fita, Renato Barbieri mostra a origem de as raízes da cultura jêje-nagô em terreiros de Salvador, que virou candemblé, e do Maranhão, onde a mesma influência gerou o Tambor de Minas.
Um dos momentos mais impressionantes deste documentário é o encontro de descendentes de escravos baianos que moram em Benin, um país africano desconhecido para a maioria do brasileiros, mantendo tradições do século passado.
*Diretor: Renato Barbieri.
Contra o trabalho escravo:
Caros amigos do Brasil,
Em poucos dias, o Congresso pode votar uma histórica reforma constitucional que pode punir pessoas que mantenham escravos e confiscar terras onde forem encontradas pessoas escravizadas para reforma agrária. É a legislação mais forte que já propuseram para lutar contra o flagelo do trabalho escravo no Brasil.
É inaceitável que, no século 21, o horror da escravidão ainda assombra todos os cantos do país -- à medida que centenas de milhares pessoas são escravizadas atualmente. No mês passado, adultos e crianças foram resgatados de uma fazenda cujo proprietário era um deputado estadual! Eles moravam em pequenas barracas e bebiam da mesma água suja que as vacas e outros animais.
Agora é hora de agir. Nosso protesto em todo o país pode forçar o Congresso a fazer os donos de fazenda pagarem o preço por torturarem ou escravizarem seus concidadãos. Clique abaixo para se juntar e construir um protesto ensurdecedor antes da Avaaz se reunir pessoalmente com o Presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia, para entregar nossa mensagem:
http://www.avaaz.org/po/stop_ slavery_in_brazil/?vl
Os livros escolares nos ensinam que a escravidão foi abolida há 124 anos pela princesa Isabel, mas a verdade é que ainda hoje há pessoas que vivem na escravidão -- os mais pobres de nós são levados a acreditar em empregos prósperos, mas acabam arriscando suas vidas em plantações de cana-de-açúcar, carvoarias, criação de gado, prostituição e outras atividades. Muitas vezes eles são literalmente forçados a trabalhar com uma arma apontada para suas cabeças.
Uma chave para acabar com a escravidão está prestes a ser entregue ao Congresso. Vamos abafar o lobby dos ruralistas, que querem acabar com essa PEC, e aumentar o coro retumbante para derrotar o vergonhoso mercado da escravidão do Brasil de uma vez por todas. Assine a petição e encaminhe para todos:
http://www.avaaz.org/po/stop_ slavery_in_brazil/?vl
Cada vez mais, vemos que o poder popular pode fazer o impossível. A escravidão é uma crise que afeta todo o planeta e temos uma chance de encabeçar a abolição. O Congresso deu o primeiro passo, agora podemos ajudar a alcançar um Brasil livre de escravos.
Com esperança,
Pedro, Emma, Diego, Laura, Carol, Ricken e toda a equipe da Avaaz
Mais informações:
Governo quer votar PEC do Trabalho Escravo até 13 de maio (Rede Brasil Atual)
http://www.redebrasilatual. com.br/temas/politica/2012/03/ governo-quer-votar-pec-do- trabalho-escravo-ate-13-de- maio
Governo pede agilidade na votação de projeto sobre trabalho escravo (Folha de São Paulo)
http://www1.folha.uol.com.br/ poder/1061665-governo-pede- agilidade-na-votacao-de- projeto-sobre-trabalho- escravo.shtml
Crianças bebiam água do gado em fazenda de deputado flagrada com escravos (Repórter Brasil)
http://www.reporterbrasil.org. br/exibe.php?id=2040
Comissão: 40 mil foram resgatados da escravidão no Brasil desde 1995 (Terra)
http://noticias.terra.com.br/ brasil/noticias/0,,OI5718577- EI306,00-Comissao+mil+foram+ resgatados+da+escravidao+no+ Brasil+desde.html
PEC do trabalho escravo é prioridade para governo (Congresso em Foco)
http://congressoemfoco.uol. com.br/noticias/reportagens- especiais/pec-do-trabalho- escravo-e-prioridade-para- governo/
Debate da PEC 438/2001 contra o Trabalho Escravo (e-Democracia)
http://edemocracia.camara.gov. br/web/contra-o-trabalho- escravo/inicio
Em poucos dias, o Congresso pode votar uma histórica reforma constitucional que pode punir pessoas que mantenham escravos e confiscar terras onde forem encontradas pessoas escravizadas para reforma agrária. É a legislação mais forte que já propuseram para lutar contra o flagelo do trabalho escravo no Brasil.
É inaceitável que, no século 21, o horror da escravidão ainda assombra todos os cantos do país -- à medida que centenas de milhares pessoas são escravizadas atualmente. No mês passado, adultos e crianças foram resgatados de uma fazenda cujo proprietário era um deputado estadual! Eles moravam em pequenas barracas e bebiam da mesma água suja que as vacas e outros animais.
Agora é hora de agir. Nosso protesto em todo o país pode forçar o Congresso a fazer os donos de fazenda pagarem o preço por torturarem ou escravizarem seus concidadãos. Clique abaixo para se juntar e construir um protesto ensurdecedor antes da Avaaz se reunir pessoalmente com o Presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia, para entregar nossa mensagem:
http://www.avaaz.org/po/stop_
Os livros escolares nos ensinam que a escravidão foi abolida há 124 anos pela princesa Isabel, mas a verdade é que ainda hoje há pessoas que vivem na escravidão -- os mais pobres de nós são levados a acreditar em empregos prósperos, mas acabam arriscando suas vidas em plantações de cana-de-açúcar, carvoarias, criação de gado, prostituição e outras atividades. Muitas vezes eles são literalmente forçados a trabalhar com uma arma apontada para suas cabeças.
Uma chave para acabar com a escravidão está prestes a ser entregue ao Congresso. Vamos abafar o lobby dos ruralistas, que querem acabar com essa PEC, e aumentar o coro retumbante para derrotar o vergonhoso mercado da escravidão do Brasil de uma vez por todas. Assine a petição e encaminhe para todos:
http://www.avaaz.org/po/stop_
Cada vez mais, vemos que o poder popular pode fazer o impossível. A escravidão é uma crise que afeta todo o planeta e temos uma chance de encabeçar a abolição. O Congresso deu o primeiro passo, agora podemos ajudar a alcançar um Brasil livre de escravos.
Com esperança,
Pedro, Emma, Diego, Laura, Carol, Ricken e toda a equipe da Avaaz
Mais informações:
Governo quer votar PEC do Trabalho Escravo até 13 de maio (Rede Brasil Atual)
http://www.redebrasilatual.
Governo pede agilidade na votação de projeto sobre trabalho escravo (Folha de São Paulo)
http://www1.folha.uol.com.br/
Crianças bebiam água do gado em fazenda de deputado flagrada com escravos (Repórter Brasil)
http://www.reporterbrasil.org.
Comissão: 40 mil foram resgatados da escravidão no Brasil desde 1995 (Terra)
http://noticias.terra.com.br/
PEC do trabalho escravo é prioridade para governo (Congresso em Foco)
http://congressoemfoco.uol.
Debate da PEC 438/2001 contra o Trabalho Escravo (e-Democracia)
http://edemocracia.camara.gov.
quinta-feira, 26 de abril de 2012
Resultado da seleção para o curso de Instrutores Ambientais - Viver o Cerrado
http://viverocerradoifb.blogspot.com.br/2012/04/resultado-da-selecao-para-o-curso.html
Resultado da Seleção para o Curso
NOME | CURSO | |
1 | Fabricio Lima da Silva | agroindústria |
2 | Jaime Fernandes Cardoso Crispim Taylor | agroindústria |
3 | Odenilza Bernardes Bispo | agroindústria |
4 | Eliane Rosa de Oliveria | agroindústria |
5 | Vinícius Santos Lima | 2apb |
6 | Cesar Augusto Fernandes Lima | 3apa |
7 | Pedro Henrique de Gusmão Marques | 2apb |
8 | Khennã Rodrigues José | 2apa |
9 | Jonatass www Dias | 2apa |
10 | Edward Dutra dos Anjos | 3apa |
11 | Gedivan Pereira Dias da Silva | 2apa |
12 | Samara Santos de Semeida | 1apa |
13 | Êmile Campos Cassimiro | 1apa |
14 | Bruno Marcondes de Medeiros Junior | 1apa |
15 | João Paulo Ferreira dos Santos | apa1 |
16 | Maria Lucicleide V. da Silva | apa2 |
17 | Alan Cristian Gomes Lima | apa1 |
18 | Josué Teófilo Ramos de Carvalho | apa2 |
19 | Keila Cavalcante Carlos | apa1 |
20 | Alfredo Julio Almeida Campos | apa1 |
21 | Paulo Hiram da Silva | FUP |
22 | Rafaela Coelho Dyna | FUP |
23 | Helouise Batista Silva | FUP |
24 | Gabriel dos Santos Oliveira | sta3 |
25 | Wanderson Moreira dos Santos | sta3 |
26 | Carlos Alberto Matos de Souza | sta5 |
27 | Luiz Wagner dos Santos Silva | sta1 |
28 | Adalto Nascimento | sta3 |
29 | Paula Gabrielle Souza | sta4 |
30 | Tiago Evangelista de Carvalho Costa | sta1 |
31 | Camila Mariana Mesquita e Fonseca | sta1 |
32 | Gabriella da Silva Bezerra | sta5 |
33 | Charlote Emanuele da Silva Sousa | sta5 |
34 | Kamyla Oliveira Monteiro | sta1 |
35 | Camila Pâmala de Oliveira V. Xisto | sta4 |
36 | Elaine Portela Bandeira | sta4 |
37 | Adriana Santos Benvindo | sta2 |
38 | Flavia de Oliveira Cardoso | BOLSISTA |
39 | Rodrigo Soares Madeira de Araújo | BOLSISTA |
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