Debates acontecem no Campus da UnB Planaltina em 3 e 4 de abril
Com o intuito de fortalecer interfaces nas áreas de fronteira da pesquisa das Ciências Sociais e visando à ampliação do campo acadêmico a estudantes dos cursos da Faculdade UnB Planaltina (FUP), o grupo de pesquisas Modos de Produção e Antagonismos Sociais (MPAS) promove, nos dias 3 e 4 de abril, o Seminário “Conexões entre questões agrária, racial, gênero, classe e ambiental”, no Auditório do prédio UAC da Faculdade UnB Planaltina.
A atividade - que envolve quatro mesas temáticas, uma conferência de abertura e a exibição e debate do filme "A cidade é uma só", do cineasta Adirley Queirós - é aberta para toda a comunidade acadêmica. Pretende também fortalecer a troca de conhecimentos com professores da rede pública do ensino do GDF, na medida em que será extensiva ao público externo à UnB.
Confira abaixo a programação do Seminário.
“Conexões entre questões agrária, racial, gênero, classe e ambiental”
Terça, 03/04
Manhã (9h às 12h): Conferência de abertura
Prof. Edson Cardoso (USP/SEPPIR)
Mediação: Adriana Fernandes (MST)
Tarde (14h45 às 18h): Perspectiva étnico-racial e de gênero
Ordem e progresso: a produção material do ser negro e a dialética do trabalho na construção do Brasil
Palestrante: Roberta Traspadini (Consulta Popular)
Relação raça-gênero-classe nas lutas não-violentas e de legítima defesa (King, Malcolm X e Panteras)
Palestrante: Pedro Benevides (Unisinos/RS)
Avaliação e monitoramento: entendendo rotas a partir das dimensões de gênero e raça na política pública
Palestrante: Ana Cláudia Faranha (FUP/UnB)
Um novo modo de produção pela vida da solidariedade e do saber feminino
Palestrante: Tânia Cristina Cruz (FUP/UnB)
Noite (19h45 às 22h): Exibição do filme “A cidade é uma só”, de Adirley Queiróz, e debate com Ceicine
Quarta, 04/04
Manhã (8h15 às 12h): Perspectiva agrária
Terra e Educação: direitos secularmente negados aos povos do campo
Palestrante: Luiz Antônio Pasquetti (FUP/UnB)
Questão agrária e questão racial no Brasil
Palestrante: Rafael Villas Bôas (FUP/ UnB)
Conexão entre campo, raça e capitalismo a partir do debate sobre a questão agrária haitiana diante da interferência e dependência estrangeiras, com especial atenção à atuação brasileira
Palestrante: Thalles Gomes (FUP/ Via Campesina)
Questão agrária: luta camponesa e os direitos territoriais no Brasil
Palestrante: Sérgio Sauer (FUP/UnB)
Tarde (14h45 às 18h): Perspectiva sócio-ambiental e territorialidade
A apropriação dos bens comuns, em especial as florestas, por um novo eixo de acumulação do capital, o capitalismo verde
Palestrante: Luiz Zarref (MPAS e MST)
Preservação ambiental como prática educativa e política de jovens de ensino fundamental e superior em Planaltina – DF
Palestrante: Regina Coelly (FUP/UnB)
Balanço da segregação espacial no DF - Teses para análise
Palestrante: Paíque (MPL/UnB)
Conflitos socioambientais e estratégias populares de reordenamento do território no Cerrado
Palestrante: Monica Celeida (FUP/UnB)
PÚBLICO: Participará integralmente do seminário a turma 4 da Licenciatura em Educação do Campo da UnB. Durante todo o dia 03 a turma de agroecologia do Instituto Federal de Brasília participará dos debates. E aguardamos a presença de turmas do curso de Gestão Ambiental da FUP, do programa de Mestrado em Meio Ambiente e Desenvolvimento Rural eda FUP e demais estudantes e professores da UnB e da Rede pública do DF, além de movimentos sociais do campo.
Sobre o MPAS
Criado em 2011 por pesquisadores de diferentes áreas de formação, o grupo norteia a produção intelectual para a reflexão sobre a experiência brasileira tomando como pressuposto a ideia de totalidade e do materialismo histórico dialético, articulada a estudos sobre os modos de produção, antagonismos sociais e as relações de poder em território brasileiro - levando em conta a inserção periférica do Brasil no sistema mundial.
O escopo que o grupo de pesquisadores elegeu como objeto de análise parte da demanda pautada pela ação dos movimentos sociais contemporâneos que, pelo processo civilizatório que desencadeiam, questionam a tradição positivista de produção e organização do conhecimento e indagam a história em busca das causas estruturantes dos problemas hoje vivenciados na dimensão de suas consequências trágicas.
As linhas de pesquisa desenvolvidas pelo grupo são “Conexões entre questão agrária, raça, gênero e classe” (considerando a necessidade de reflexão sobre as implicações contemporâneas do latifúndio, racismo e patriarcado para a instituição e manutenção da desigualdade social brasileira); “Hegemonia, indústria cultural e agronegócio, movimentos sociais e contra-hegemonia” (voltado ao estudo do impacto do ciclo de modernização conservadora da década de 1960 até nossos dias); “Estado e Sociedade”, que pesquisa as relações sociais mediadas pelos modos de produção nos diferentes períodos históricos, e “Impasses da formação em país periférico: perspectiva histórica e mediação estética” – direcionada à análise dos ciclos de modernização conservadora por meio dos intérpretes da formação do Brasil e de obras estéticas (literárias, teatrais e cinematográficas).
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