Semente Planaltina

Este blog é destinado aos educandos do Curso Superior de Tecnologia em Agroecologia do IFB,
para a divulgação dos conteúdos das aulas; trabalhos, textos e ações desenvolvidas nas
atividades de ensino, pesquisa e extensão. Também serão publicados textos relacionados
à sustentabilidade planetária.

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Enc: Processo seletivo - tutores presenciais e a distânc ia

Igor A. A. Oliveira

From: Marcia Santos <marcia.santos@ifb.edu.br>
Date: Tue, 31 Jan 2012 19:18:35 -0200
To: todos.cpla<todos.cpla@etfbsb.edu.br>
Subject: Processo seletivo - tutores presenciais e a distânc ia

Prezados colegas,

Divulgo informação sobre o processo seletivo para tutores - Núcleo de Educação à Distância - IFB.
Acessem o link para maiores informações.


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Márcia Maria dos Santos
Prof. Ma. Inglês
Instituto Federal de Brasília
Campus Planaltina

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Uma homenagem aos 90 anos do nascimento de Paulo Freire

Caros amigos,

Compartilho com todo carinho este vídeo que assisti e me sensibilizou muito, Ao Mestre com Carinho - Paulo Freire, que homenageia o mestre e filósofo pernambucano Paulo Freire, considerado um dos pensadores mais notáveis da história da pedagogia do mundo, ele defendeu a formação da cidadania por meio da educação.

Mais do que uma experiência profissional, que pode ser colocada em qualquer área de trabalho, não somente ligado à educação formal, é uma experiência de vida. Uma homenagem aos  90 anos do nascimento de Paulo Freire.


São 4 vídeos que possuem sequência.


Entrem no site:
http://www.senado.gov.br/noticias/tv/programaListaPadrao.asp?ind_click=0&txt_titulo_menu=Inclus%E3o&IND_ACESSO=S&IND_PROGRAMA=S&COD_PROGRAMA=4&COD_VIDEO=131062&ORDEM=0&QUERY=&pagina=1

http://www.senado.gov.br/noticias/tv/programaListaPadrao.asp?ind_click=&txt_titulo_menu=Inclus%E3o&IND_ACESSO=S&IND_PROGRAMA=S&COD_PROGRAMA=4&COD_MIDIA=136267&COD_VIDEO=131062&ORDEM=0&QUERY=&pagina=1&PARTE_VIDEO=2

http://www.senado.gov.br/noticias/tv/programaListaPadrao.asp?ind_click=&txt_titulo_menu=Inclus%E3o&IND_ACESSO=S&IND_PROGRAMA=S&COD_PROGRAMA=4&COD_MIDIA=136286&COD_VIDEO=131062&ORDEM=0&QUERY=&pagina=1&PARTE_VIDEO=3

http://www.senado.gov.br/noticias/tv/programaListaPadrao.asp?ind_click=&txt_titulo_menu=Inclus%E3o&IND_ACESSO=S&IND_PROGRAMA=S&COD_PROGRAMA=4&COD_MIDIA=136287&COD_VIDEO=131062&ORDEM=0&QUERY=&pagina=1&PARTE_VIDEO=4

sábado, 28 de janeiro de 2012

CINCO ESCLARECIMENTOS SOBRE AGROTÓXICOS, ALIMENTOS ORGÂNICOS E AGROECOLÓGICOS

   Na primeira semana de 2012, veículos da mídia de grande circulação divulgaram informações parciais e incorretas sobre o uso de pesticidas nos alimentos.


   Nós, da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida, contestamos essas informações e, com base no conhecimento de diversos cientistas, agrônomos, produtores e distribuidores de alimentos orgânicos, aproveitamos essa oportunidade para dialogar com a sociedade e apresentar nossos argumentos a favor dos alimentos sem venenos.



1 - O nome correto é agrotóxico ou pesticida e não “defensivo agrícola”.
   Como afirma a engenheira agrônoma Flavia Londres: “A própria legislação sobre a matéria refere-se aos produtos como agrotóxicos.”
   E o engenheiro agrônomo Eduardo Ribas Amaral complementa: “Mundialmente o termo utilizado é ‘pesticida’. Não conheço outro país que adote o termo ‘defensivo agrícola”. 



2 - O nível de resíduos químicos contido nos alimentos comercializados no Brasil é muito preocupante e requer providências imediatas devido aos sérios impactos que gera na saúde da população. 
   Voltamos a palavra à engenheira agrônoma Flavia Londres: “A revista se propõe a tranquilizar a população, certamente alarmada pelo conhecimento dos níveis de contaminação da comida que põe à mesa. Os entrevistados na matéria são conhecidos defensores dos venenos agrícolas, alguns dos quais com atuação direta junto a indústrias do ramo. Os limites ‘aceitáveis’ no Brasil são em geral superiores àqueles permitidos na Europa – isso pra não dizer que aqui ainda se usam produtos já proibidos em quase todo o mundo”.
   O engenheiro agrônomo Eduardo Ribas Amaral nos traz outra informação igualmente importante: “A matéria induz o leitor a acreditar que não há uso indiscriminado de agrotóxicos no país, quando a realidade é de um grande descontrole na aplicação desses produtos, fato indicado pelo censo do IBGE de 2006 e normalmente constatado a campo por técnicos da extensão rural e por fiscais responsáveis pelo controle do comércio de agrotóxicos”.
3 - Agrotóxicos fazem muito mal à saúde e há estudos científicos importantes que demonstram esse fato.
   Com a palavra a Profª Dra. Raquel Rigotto, da faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará: “No Brasil, há mais de mil produtos comerciais de agrotóxicos diferentes, que são elaborados a partir de 450 ingredientes ativos, aproximadamente. Os agrotóxicos têm dois grandes grupos de impactos sobre a saúde. O primeiro é o das intoxicações agudas, aquelas que acontecem logo após a exposição ao agrotóxico, de período curto, mas de concentração elevada. O segundo grande grupo de impactos dos agrotóxicos sobre a saúde é o dos chamados efeitos crônicos, que são muito ampliados. Temos o que se chama de interferentes endócrinos, que é o fato de alguns agrotóxicos conseguirem se comportar como se fossem o hormônio feminino ou masculino dentro do nosso corpo; enganam os receptores das células para que aceitem uma mensagem deles. Com isso, se desencadeia uma série de alterações – inclusive má formação congênita; e hoje está provado que pode ter a ver com esses interferentes endócrinos. Pode ter a ver com os cânceres de tireóide, pois implica no metabolismo. E cada vez temos visto mais câncer de tireóide em jovens. Pode ter a ver com câncer de mama. E também leucemias, nos linfomas. Tem alguns agrotóxicos que já são comprovadamente carcinogênicos.Também existem problemas hepáticos relacionados aos agrotóxicos. A maioria deles é metabolizada no fígado, que é como o laboratório químico do nosso corpo. E há também um grupo importante de alterações neurocomportamentais relacionadas aos agrotóxicos, que vão desde a hiperatividade em crianças até o suicídio.”



     De acordo com o relatório final aprovado na subcomissão da Câmara dos Deputados que analisa o impacto dos agrotóxicos no país (criada no âmbito da Comissão de Seguridade Social e Saúde), há realmente uma “forte correlação” entre o aumento da incidência de câncer e o uso desses produtos. O trabalho aponta situações reais observadas em cidades brasileiras. Em Unaí (MG), por exemplo, cidade com alta concentração do agronegócio, há ocorrências de 1.260 novos casos da doença por ano para cada 100 mil habitantes, quando a incidência média mundial encontra-se em 600 casos por 100 mil habitantes no mesmo período. 
Como afirma o relator, deputado Padre João (PT-MG), “Diversos estudos científicos indicam estreita associação entre a exposição a agrotóxicos e o surgimento de diferentes tipos de tumores malignos. Eu concluo o relatório não tendo dúvida nenhuma do nexo causal do agrotóxico com uma série de doenças, inclusive o câncer”, sustenta. Fonte: Globo Rural On-line, 30/11/2011.



4 - Não é possível eliminar os agrotóxicos lavando ou descascando os alimentos já que eles se infiltram no interior da planta e na polpa dos alimentos.
   A única maneira de ficar livre dos agrotóxicos é consumir alimentos orgânicos e agroecológicos. Não adianta lavar os alimentos contaminados com agrotóxicos com água e sabão ou mergulhá-los em solução de água sanitária ou, mesmo, cozinhá-los. Os resíduos do veneno continuarão presentes e serão ingeridos durante as refeições.
Além disso é importante lembrar que o uso exagerado de agrotóxicos também faz com que estes resíduos estejam presentes nos alimentos já industrializados, portanto, a melhor forma de não consumir alimentos contaminados com agrotóxicos, é eliminar a sua utilização



5 - Os orgânicos não apresentam riscos maiores de intoxicação por bactérias, como a salmonela e a Escherichia coli.
   Segundo a engenheira agrônoma Flávia Londres: “Ao contrário dos resíduos de agrotóxicos, esses patógenos– que também ocorrem nos alimentos produzidos com agrotóxicos – podem ser eliminados com a velha e boa lavagem ou com o simples cozimento”.



A Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida recomenda o documentário “O Veneno está na Mesa”, de Silvio Tendler, totalmente disponível no site da campanha (www.contraosagrotoxicos.org) bem como todos os materiais disponíveis na página.
Participe você também nos diferentes comitês da campanha organizados nos diversos estados do Brasil, para maiores contatos envie e-mail para contraosagrotoxicos@gmail.com 

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Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida.
Secretaria Operativa Nacional
fone:             (11) 3392 2660 begin_of_the_skype_highlighting            (11) 3392 2660      end_of_the_skype_highlighting       /             (11) 7181-9737 begin_of_the_skype_highlighting            (11) 7181-9737      end_of_the_skype_highlighting      
site: www.contraosagrotoxicos.org

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Pensar diferentemente - Por uma ecologia da civilização planetária

Entrevista com Serge Latouche
Publicado em janeiro 20, 2012ECODEBATE

“Um certo modelo de sociedade de consumo acabou. Agora, o único caminho  para a abundância é a frugalidade, pois permite satisfazer todas as necessidades sem criar pobreza e infelicidade”. É a tese provocadora de Serge Latouche, professor emérito de ciências econômicas da Universidade de Paris-Sud, universalmente conhecido como o profeta do decrescimento feliz.
A reportagem é de Marino Niola, publicada no jornal La Repubblica, 14-01-2012. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
O paladino do novo pensamento crítico que não dá descontos nem para a direita nem para a esquerda será o protagonista do congresso internacional Pensar diferentemente. Por uma ecologia da civilização planetária, organizado pelo Polo de Ciências Humanas da Universidade Federico II, a ser realizado de 16 a 20 de janeiro.
A turnê italiana do economista herege coincide com o lançamento do seu novo livro Per un’abbondanzafrugale. Malintesi e controversiesulladecrescita (BollatiBoringhieri). Uma feroz acusação contra a ilusão do desenvolvimento infinito. Contra a catástrofe produzida pela bulimia consumista.
Eis a entrevista.
O que é a abundância frugal? Dito assim, parece um oxímoro.
Eu falo de “abundância” no sentido atribuído à palavra pelo grande antropólogo norte-americano Marshall Sahlinsno seu livro Economia da Idade da Pedra. Sahlins demonstra que a única sociedade da abundância da história humana foi a do paleolítico, porque então os homens tinham poucas necessidades e podiam satisfazer todas elas com apenas duas ou três horas de atividade por dia. O resto do tempo era dedicado ao jogo, à festa, ao estar juntos.
Quer dizer que não é o consumo que faz a abundância?
Na realidade, precisamente por ser uma sociedade de consumo, a nossa sociedade não pode ser uma sociedade de abundância. Para consumir, deve-se criar uma insatisfação permanente. E a publicidade serve justamente para nos deixar descontentes com o que temos para nos fazer desejar o que não temos. A sua missão é nos fazer sentir perenemente frustrados. Os grandes publicitários gostam de repetir que uma sociedade feliz não consome. Eu acredito que pode haver modelos diferentes. Por exemplo, eu não defendo a austeridade, mas sim a solidariedade, esse é o meu conceito-chave. Que também prevê o controle dos mercados e o crescimento do bem-estar.
Por que o senhor define Joseph Stiglitz como uma alma bonita?
Stiglitz ficou na concepção keynesiana que funcionava bem nos anos 1930, mas que hoje, também por causa da exploração excessiva dos recursos naturais, me parece impraticável. No pós-guerra o Ocidente passou por um aumento do bem-estar sem precedentes, baseado principalmente no petróleo barato. Mas ainda nos 1970 o crescimento já era fictício. Certamente, o PIB aumentava, mas graças à especulação imobiliária e financeira. Uma idade do ouro que não voltará mais.
É também o caso da Itália?
Certamente, o boom econômico italiano do pós-guerra se deve principalmente a personagens como Enrico Mattei, que conseguiu dar ao seu país o petróleo que não tinha. Foi um verdadeiro milagre. E os milagres não se repetem.
Os sacrifícios que os governos europeus, incluindo o italiano, estão pedindo aos cidadãos servirão para alguma coisa?
Infelizmente, os governos muitas vezes são incapazes de sair do velho software econômico. E então tentam a todo custo prolongar a sua agonia, mas isso – eles o sabem bem – nada mais faz do que criar deflação e recessão, agravando a situação até o momento em que explodirá.
O senhor define a sociedade ocidental como a mais heterônoma da história humana. Porém, comumente, pensa-se que ela é aquela que garante o máximo de autonomia democrática. Quem decide por nós?
De fato, estamos todos submetidos à mão invisível do mercado. O exemplo da Grécia é emblemático: o povo não tem o direito de decidir o seu destino, porque é o mercado financeiro que escolhe por ele. Mais do que autônoma, a nossa sociedade é individualista e egoísta, não criando sujeitos livres, mas sim consumidores coagidos.
Qual o papel do dom e da convivialidade na sociedade do decrescimento?
A alternativa ao paradigma da sociedade de consumo, baseado no crescimento ilimitado, é uma sociedade convivial, que não seja mais submissa à única lei do mercado. Que destrói na raiz o sentimento do vínculo social que está na base de toda sociedade. Como demonstrou o antropólogo Marcel Mauss, na origem da vida em comum está o espírito do dom, a trilogia inseparável do dar, receber, trocar. Devemos, portanto, recompor os fragmentos pós-modernos de socialidade usando como cola a gratuidade, o antiutilitarismo. Nisso, eu concordo com os expoentes italianos da economia da felicidade, como Luigino Brunie Stefano Zamagni, que se referem à grande lição da economia civil napolitana do século XVIII de AntonioGenovesi.


O capitalismo é o último pugilista que ficou em pé no ringue da história?
Não sei se é ele é realmente o último pugilista, porque nunca sabe no que ele é capaz de se transformar. Há cenários ainda piores, como o ecofascismo dos neoconservadores norte-americanos. O que é certo é que estamos em uma reviravolta na história. Se antes se dizia “ou socialismo ou barbárie”, hoje eu diria “ou barbárie ou decrescimento”. É preciso um projeto ecossocialista. É tempo de que os homens de boa vontade se tornem objetores do crescimento.
Francis Fukuyama reafirmou recentemente que o modelo liberal- capitalista continua sendo o horizonte único da história. Sem alternativas. O que o senhor pensa a respeito?
Que ele é um grande cara de pau. Antes, ele havia se equivocado totalmente sobre o fim da história e hoje repropõe a mesma história. A sua profecia foi esvaziada pela tragédia do 11 de setembro, que demonstrou que a história não estava em nada acabada. Fukuyamachama de fim da história aquele que é simplesmente o fim do modelo liberal capitalista.
Para aqueles que dizem que a abundância frugal é uma utopia, o senhor responde que é uma utopia concreta. Não é uma contradição em termos?
Não, porque, para mim, a utopia concreta não significa algo irrealizável, mas sim o sonho de uma realidade possível. De um novo contrato social. Abundância frugal em uma sociedade solidária. Cabe a nós querê-lo.

(Ecodebate, 19/01/2012) publicado pela IHU On-line, parceiro estratégico do EcoDebate na socialização da informação.
[IHU On-line é publicada pelo Instituto HumanitasUnisinos - IHU, da Universidade do Vale do Rio dos Sinos – Unisinos, em São Leopoldo, RS.]
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quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Ameaça à liberdade de intercâmbio cultural pela INTERNET


Nesta quarta-feira o mundo acordou chocado. Finalmentechegaria o dia em que a terra iria parar! Um dia em que todas as pessoas do planeta inteiro parariam tudo o que estavam fazendo e olhariam estupefatas para a tela vazia de seu próprio computador, impedidas de acessarem conteúdo com alguma infração a quaisquer direitos autorais, o famoso ©copyright.

Esse dia ainda pode acontecer caso seja aprovado no Congresso Norte-Americano o projeto de lei SOPA, sigla de Stop Online Piracy Act, também conhecido por PIPA (Protect IP). Essa medida encontra nos senadores Charles Schumer e KirstenGillibrand, seus grandes defensores ou lobistas para ser mais franco.



Por isso neste 18 de janeiro de 2012, a internet entrou em greve – pelo menos lá nos Estados Unidos da América. Sites como Nedroid, Oatmeal, Tor Project, Wikipedia (em inglês apenas), Wordpress, Explosm, Google (só o gringo – o nosso ainda funciona muito bem, pelo menos até essa nova leiser aprovada) e muitos outros.


Já tem hashtags no twitter #StopSOPA, #SOPA, que divulgam o link do da transmissão ao vivo e o vídeo do encontro de concentração para a passeata no centro de Manhatan em Nova Iorque (NY Tech Meetup), mas também divulgam fotos da manifestação e até ajudam aqueles que querem assinar as petições online contra SOPA/PIPA (que infelizmente são exclusivas apenas aos códigos postais dos EUA).

Mandem tweets para o tais senadores: @ChuckSchumer + @SenGillibrand #StopSOPA.

Assinem a petição online: http://www.google.com/takeaction/






Atualização - dia 19 de janeiro de 2012.
De um dia para o outro, boa parte do Congresso Norte-Americano mudou de opinião. Mas ainda é muito cedo para comemorar...

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Sobre animais...

Caros Colegas de caminhada no IFB,
Talvez o assunto não seja exclusivamente profissional, mas sei que de alguma forma afeta a comunidade do Instituto, principalmente no Campus Planaltina.

Bom, como todos sabem, somos um Campus rural, situado as margens de uma rodovia, e freqüentemente chegam ao Campus animais, principalmente cães e gatos, porém já recebemos também equínos e muares normalmente abandonados em localidades próximas ou mesmo andarilhos costumazes. 

Pela própria vocação do campus, temos muitos profissionais ligados as ciências agrárias, agroindustriais e agroecológicas, comprometidos com as atividades pedagógicas e de produção do Campus e mesmo profissionais de outras áreas que também tem afinidade com tais ciências. A presença de animais abandonados pode ser um problema e pode causar muitos problemas, como já podemos acompanhar e participar de muitas histórias, a maioria com bons desfechos, graças a Deus e ao trabalho e a boa vontade de muitos colegas e alunos, e o meu é claro.

O que normalmente procuramos fazer quando os animais aparecem é saber se realmente não tem um dono, alguns chegam em situação tão grave que o melhor é realmente acreditar que ele não tinha um dono. Os animais são alimentados, medicados, vermifugados, vacinados e castrados (cães e gatos) e disponibilizados para adoção. 

Na medida do possível eles são recolhidos as residências de moradores do campus, enquanto passam, as vezes, longos períodos de recuperação. O ideal é que eles não fiquem andando pelas áreas do Campus, principalmente nos prédios, refeitório, alojamentos e outros, o que as vezes é difícil pela própria natureza do Campus e das pessoas que aqui trabalham e estudam.

Acredito que ignorar o problema não é mais possível, enxotar os animais do campus também não, pois outros virão e animais doentes e famintos são muito mais perigosos, soltar os animais em outras localidades, além de ser irresponsável, vai apenas transferir o problema para outro lugar, como muitos que soltam animais na rodovia e trazem o problema até nós. 

A entrega para o Centro de Zoonoses é feita apenas em casos extremos de animais muito agressivos, ou com doenças infectocontagiosas e transmissíveis ao homem (recomendação da própria DIVAL), e no caso de equínos e muares. Porque eu também acredito que todo mundo merece uma segunda chance, os animais, por poder ter uma boa família, onde eles esqueçam todas as privações e maldades que possam ter sofrido e nós de podermos aprender com eles o verdadeiro sentido do amor e do respeito.

Atualmente, estamos vivendo dias de calmaria, com uma população estável,  e vários animais para adoção saudáveis e castrados. Então caso queiram uma nova companhia em casa, ou se souberem de alguém interessado em ter um novo amigo sincero e carinhoso, não se esqueçam de nos fazer uma visita.

E só mais uma coisa em que acredito, a educação é a única forma realmente segura de transformar o mundo e nós somos o instrumento e o modelo, devemos então fazer muito bem a nossa parte.

Obrigada  pessoal

att.
Larissa Queiroz Medeiros de Oliveira
larissa.oliveira@ifb.edu.br