Semente Planaltina

Este blog é destinado aos educandos do Curso Superior de Tecnologia em Agroecologia do IFB,
para a divulgação dos conteúdos das aulas; trabalhos, textos e ações desenvolvidas nas
atividades de ensino, pesquisa e extensão. Também serão publicados textos relacionados
à sustentabilidade planetária.

terça-feira, 31 de maio de 2011

Mais um Alimento do Cerrado na Arca do Gosto

Publicado por Slow Food Cerrado em Ecogastronomia
http://www.slowfoodcerrado.org/

A Arca do Gosto é um catálogo mundial dos produtos agroalimentares de qualidade que estão em risco de desaparecer realizado pela Fundação Slow Food para a Biodiversidade. Para ser incluído na Arca, o alimento precisa ter qualidades gastronômicas, ligação com a área geográfica local, ser produzido artesanalmente e de forma sustentável e estar em risco de desaparecimento. Através do trabalho de investigação de especialistas internacionais, esta embarcação simbólica recolhe mais de 947 produtos em 58 países (dados atualizados em dezembro de 2010). A Arca do Gosto conta hoje com 24 alimentos brasileiros, três dos quais entraram recentemente na embarcação: Maracujá da Caatinga, Piracuí e o nosso Jatobá.

O Jatobá é uma árvore de porte médio que ocorre no Bioma Cerrado, com incidência também em áreas de transição entre o Cerrado e a Caatinga, Amazônia, Pantanal e Mata Atlântica. Os seus frutos são vagens escuras que apresentam uma polpa farinácea amarelo-pálida ou esverdeada, adocicada, muito saborosa e com odor bastante característico. A polpa é aproveitada como alimento, na forma de farinha, podendo ser consumida in natura ou para a elaboração de bolos, pães, biscoitos e mingaus.

O jatobá é um recurso muito importante para vários povos indígenas do Parque Indígena do Xingu e para diversos animais silvestres da região. Trata-se de um alimento tradicional, mas que infelizmente está sendo pouco utilizado pelas gerações mais jovens. Na língua Ikpeng, chama-se Katepó ou Yawra, alimento de grande importância histórica, já que era o suprimento dos guerreiros quando estavam longe de suas roças. Em épocas de falta de mandioca, a farinha de jatobá era utilizada para a preparação de um tipo de beiju, cuja massa era misturada com água, torrada em pratos de barro e consumida com peixe assado. A forma de consumo mais apreciada pelos Ikpeng é uma pasta bastante adocicada composta da farinha de jatobá misturada com mel.

Na AGROTEC (Centro de Tecnologia Agroecológica de Pequenos Agricultores), no Estado de Goiás, a produção se dá a partir de 11 famílias de agricultores parceiros associados, com trabalho e produção coletiva.

No CEPPEC (Centro de Produção Pesquisa e Capacitação do Cerrado) a produção se dá a partir de 10 famílias de agricultores familiares assentados da comunidade de Boa Esperança, diretamente envolvidas no manejo e beneficiamento da farinha.

Saiba mais sobre o Jatobá

Para adquirir a farinha de jatobá, e preparar delícias como o Petit Gateau de Jatobá e a Torta de Jatobá e Banana da Terra Caramelada, entre em contato com a Central do Cerrado.

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