Remessa de abelhas rainhas é enviada via Sedex (Foto: Getty Images)
A troca anual das abelhas velhas por rainhas melhoradas geneticamente pode aumentar em até 60% a produção de mel. A rainha é a principal abelha do enxame e a única fêmea fértil, responsável pela postura de ovos que originarão todos os indivíduos da colmeia, inclusive sua substituta. Dela depende a produtividade de mel e, quando jovens, são mais produtivas.
A Apta de Pindamonhangaba, no Vale do Paraíba, trabalha na seleção desses espécimes e é a única instituição pública do País a fornecer abelhas rainhas. De acordo com a pesquisadora Maria Luísa Teles Marques Florêncio, apesar da tradição e extensão da apicultura brasileira, a prática da troca de rainha ainda é pouco desenvolvida. A unidade produz 1.850 rainhas por ano e parte é vendida a apicultores por preços que variam de R$ 6 (rainhas virgens) e R$ 15 (fecundadas).
A pesquisadora explica que as rainhas fecundadas têm praticamente 100% de aceitação na colmeia, enquanto apenas a metade das virgens é aceita.
O preço inclui a embalagem, de tamanho apropriado para o despacho, mas o apicultor arca com a tarifa dos Correios. Durante a viagem, a rainha é colocada numa gaiola com seis operárias jovens de sua própria colmeia que a sustentam no trajeto. A embalagem tem três câmaras para acomodar também o alimento à base de açúcar finíssimo e mel. As operárias consomem o produto e produzem a geleia real para a rainha.
Na temperatura entre 20 e 25 graus, as abelhas permanecem vivas na embalagem por até sete dias. Junto com a encomenda, o produtor recebe instruções para fazer a troca da rainha.
Nenhum comentário:
Postar um comentário